quinta-feira, 29 de outubro de 2009

E o que vem pela frente?

Quando pensamos na pergunta: “Qual o futuro das agências de propaganda no Brasil?” estamos abordando um assunto que é muito mais amplo do que imaginamos. Para entendermos as agências devemos entender primeiramente o que elas oferecem e os meios que elas utilizam para fornecer seus serviços.

As agências que trabalham com o mundo da comunicação estão cada vez mais deixando de fazer simplesmente uma propaganda, um comercial de televisão ou uma peça publicitária para uma revista ou jornal, para, na mesma proporção, começar a transmitir conteúdo, uma mensagem interativa multidirecional via novos canais de comunicação que surgem a cada dia.

Falando nos novos meios de comunicação, vale lembrar que a tecnologia está permitindo que a conectividade puxe as rédeas de uma nova era na comunicação. E o que isso significa? Significa que celular, computador, televisão, rádio, internet, livros, jornais e muitos outros meios estão convergindo para um único dispositivo eletrônico que, uma vez conectado à web, poderá oferecer os benefícios de cada um dos meios já citados, de uma só vez.

Porém seria uma utopia pensar que tão logo teremos um dispositivo digital que nos ofereça tudo isso cevando em conta que toda a massa populacional terá acesso a ele. E é por isso que é necessário compreender quais são os meios que já estão em maior fase de convergência, assim como o celular e a internet; o computador, a televisão e o rádio; por exemplo. Estes são meios que já estão se massificando cada vez mais, e é em cima deste tipo de canal de comunicação que as agências atualmente já podem trabalhar em cima.

E por todo este contexto que, como dito anteriormente, precisamos entender os meios que as agências utilizam para fornecer seus serviços, pois se o futuro da comunicação está se unificando em um único aparelho que dependerá de uma conexão, podemos pensar agências preocupadas em como produzir conteúdo interativo para web e cada um dos aplicativos que elas oferecer.

Indo um pouco mais além (não seria legal se fosse fácil), entramos no assunto “interatividade”. Atualmente cada pessoa é impactada milhares de vezes por marcas e produtos além dos meios de comunicação, porém atenção dela só faz com que ela se lembre de uma pequena porcentagem desta quantia, e a resposta a este impacto é praticamente mínima, por isso as agências vivem em uma guerra frenética pela atenção do consumidor. E aí que entra a criatividade, para personalizar e focar cada vez mais a comunicação das agências, permitindo que um meio estimule uma reação do consumidor, mas que vários outros possam permitir que ele realmente realize esta reação.

Por isso concluo que o futuro das agências também dependerá muito do que atualmente conceituamos como Comunicação Integrada. Transmitir uma mensagem única através de um meio principal e vários outros complementares que permitam o consumidor vivenciar e experimentar mais da comunicação desenvolvida pelas agências.

Planejamento não é clarividência

Texto de Marcio Borges, diretor geral da W/Brasil Rio de Janeiro


"É comum para nós publicitários, marqueteiros e profissionais de comunicação de um modo geral convivermos com o estigma de que vivemos num eterno mundo de fantasias, suposições e de total incertezas. É comum também convivermos com as dúvidas em relação ao nosso trabalho e principalmente a intangibilidade dos efeitos da comunicação, incluindo o seu planejamento, muitas vezes questionado. A real razão deste artigo é a de lembrar que qualquer ação de planejamento, em qualquer área científica, não produz certezas absolutas, tampouco a eliminição da possibilidade de erros. A diferença é que o conhecimento produzido pela comunicação está baseado nas relações humanas e nas evoluções do comportamento humano, enquanto o conhecimento nas áreas de exatas está baseado em modelos de possibilidades que já foram testadas um dia e obviamente determinando padrões lógicos de repetições e acontecimentos.O que alguns dos nossos amigos engenheiros, economistas, financistas, e toda a sorte de pessoas que só se baseiam em modelos matemáticos (que podem ser atualmente donos, presidentes e diretores de empresas, que dependam da comunicação) se esquecem é que a tão pregada lógica matemática também está sujeita a acontecimentos que não puderam ser previstos antecipadamente.Por favor Srs., eu gostaria de lembrá-los que a NASA já explodiu um ônibus espacial após sete segundos de sua partida (Lembram-se da explosão da Challenger), que os nossos satélites de comunicação SACI 1 e SACI 2, desenvolvido por renomados engenheiros de nossas melhores escolas de engenharia, falharam nos seus objetivos finais. E o ganhador do prêmio Nobel de Economia que quebrou seu fundo de investimentos na crise provocada pela bolsa russa.Obviamente que não estou desmerecendo o trabalho analítico, pelo contrário, estou valorizando, pois em modelos matemáticos a comunicação também se baseia, seja através de pesquisas de mercado, de mídia, modelos de portfolio de produtos, matrizes de marketing que apontam tendências, estudos de oferta e demanda, índices de aceitação e rejeição de marca, análises de shares de todos os tipos entre outros diversos. O que quero mostrar é que nós aproveitamos todo o raciocínio lógico e matemático para planejar o intangível que é a construção da imagem de marca, que é a construção de ativos como boa vontade das pessoas, simpatia com a empresa e inclusive vendas e participação de mercado.A construção de imagem deveria ser considerada, dada a sua importância, um investimento tão significativo quanto a construção de uma linha de produção por exemplo. E deve ser analisada da mesma forma que se analisa um ponto de equilíbrio e um retorno sobre o investimento. Quantas não são as empresas que valem mais por sua marca do que pelo seu patrimônio? Quantas não são as empresas que hoje administram marcas como ativos reais? A marca conhecida é um facilitador para qualquer empresa em qualquer segmento. Ela pode ser o diferencial real em um tempo de similaridade de produtos e preços competitivos. Ela pode ser o sobrenome de seus vendedores quando tentam marcar uma apresentação do seu produto B2B. Ela pode ser inclusive a “alma” da empresa.Não adianta estarmos certos de que temos o melhor produto, o melhor serviço se também temos a certeza de que só vocês sabem disso. E que o melhor produto, tecnicamente dito, pode ser percebido como o pior pelos consumidores. Significação e percepção são ativos que variam de pessoa para pessoa, de grupo para grupo e de cultura para cultura.Dessa forma saliento que certezas ninguém produz, nem toda a lógica e nem todo o feeling do mundo. A atividade de planejar (em qualquer área) é a ação de gerenciarmos riscos calculados, em um futuro que ninguém pode prever.Por isso até hoje as organizações contratam para seus quadros, seja como funcionários ou como empresas prestadoras de serviços, pessoas oriundas das áreas de exatas e de humanas e não cartomantes, quiromantes e todos os tipos de videntes."

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Planejamento - Beth Furtado

Beth Furtado atua há mais de 23 anos nas áreas de Marketing e Comunicação em empresas de consultoria empresarial, bens de consumo e bens duráveis como INCEPA S/A, O Boticário, Consultoria Gouvêa de Souza & MD e Grupo Talent de Comunicação e foi indicada em 2008 para o Prêmio Caboré na categoria de Profissional de Planejamento.

Tempos Plurais – A nossa era

“Vivemos tempos plurais. Tempos de misturas, de usos híbridos e multifacetados. Em alimentação, misturamos em um mesmo prato ingredientes e temperos doces com salgados. Misturamos alimentos quentes com frios. Crus com cozidos. E atiçamos apetites.
Misturamos verduras orgânicas com frituras. Fazemos exercícios de vez em quando e trabalhamos demais. E nos sentimos menos culpados. Em vestuário, misturamos peças básicas com sofisticadas e nos sentimos descolados.
Em decoração, misturamos a alta tecnologia de eletrônicos com ambientes étnicos. E nos sentimos em casa. Vivemos a era dos celulares que tocam música. Compramos comunicação ou entretenimento?
Dos computadores que fazem ligações telefônicas. Compramos conexão, informação ou telefonia? Das máquinas fotográficas que fazem filmes. Compramos registros de imagem ou movimento?
Tempos improváveis os nossos. Tempos que inspiram estratégias móveis, principalmente considerando as perspectivas. As misturas tendem a aumentar com as novas gerações. Adolescentes ouvem música, surfam na Internet, falam pelo celular e assistem à TV, simultaneamente. E ficam entediados.
Até que ponto nossos produtos, serviços, lojas, pensamento estratégico e marcas conseguem refletir estes tempos plurais? Tempos em que os hábitos de compra são um alvo móvel.” Beth Furtado

Resumo Aula 26/10

BRIEFING

=> Cronograma

Determinar as principais datas da diversas etapas do processo de desenvolvimento da campanha.

Quianto mais complexo o projeto, maior será o cronograma, pois envolve desde a entrega do briefing até o início da veiculação.

O Cronograma é fundamental no negócio da Publicidade, pois há dois recursos escasos: Tempo e Dinheiro.

O que um profissional dessa área deve fazer é calcular os custos de trás para frente no cronograma. E também trabalhar sempre com uma margem de tempo, caso ocorram imprevistos, e não consigam gravar o filme a tempo.

Um exemplo de falta de tempo é a Rede Globo. Para veicular um comercial, não pode ser entregue com apenas 24h de antecedência, pois corre o risco de não conseguir veicular, pois não tem tempo para veicular novamente caso não de tempo, portanto para não perder dinheiro e tempo, cobram pelo comercial, mesmo não tendo consiguido ser veiculado.

Em TV a cabo, como Warner e etc, os comerciais devem ser enviados para Miami Ou Los Angeles (dependendo do canal) com no mínimo uma semanade antecedência


=> Um Planejamento de Propaganda pode ser diferente em termos de formato e terminologia, mas tem que cobrir os seguintes aspectos:

- Qual o nosso Objetivo?
A campanha deve ser feita pensando na reação dos consumidores, pensando no resultado.

A Dove, quando entrou no mercado, fez uma campanha para que os consumidores experimentasse o novo sabonete e comparessem o resultado com os sabonetes que estavam acostumados a usar.

- Qual o nosso Target?

Na entrega do briefing, não pode faltar o target, pois caso contrário não da pra direcionar a campanha. É preciso entender as atitudes, os hábitos e etc, nao apensa dados sócio demográficos.
Se você tentar falar com todo mundo vai
acabar não falando direito com ninguém

O target de Dove por exemplo é o segmento de Mulheres de 25+ anos
que acreditam possuir pele seca.

- Qual o nosso principal benefício para o consumidor? Qual a Idéia Principal?

O que realmente queremos que os consumidores se lembrem da nossa mensagem?

Na Dove a idéia é que o sabonete não resseca sua pele como os outros sabonetes.

- Qual a razão para que o consumidor acredite naquilo que estamos dizendo?

Porque o consumidor vai acreditar no que estamos falando na campanha? (Reason Why) E qual o nosso diferencial, que vai fazer o consumidor escolher nossa marca e não a do concorrente.

Na Dove, usaram a razão de que o sabonete tem ¼ de loção hidratante, comprovando então de que não irá ressecar sua pele, e eplo contrário, vai hidratar.

- Qual deve ser o tom da nossa mensagem?

Qual a personalidade da marca? Precisamos reforçar ou mudar isso?

A personalidade de Dove é ser sempre real, sempre honesta.

Teríamos que dizer se a nossa marca é careta, conservadora, ousada, e etc.

=> Um bom Briefing não deve ter muitas páginas pois é um resumo da sua campanha.

MODELO DE AGÊNCIAS - MERCADO ATUAL

- No Brasil, o modelo de agências é unico. O ambiente interno ta tudo integrado (Criação, Planejamento, Mídia e etc). Nos EUA e Europa, o cliente pode contratar os serviços de criação de uma agência, de planejamento de outra agência. Vão de acordo com o que estão procurando.
- A Remuneração acontece de acordo com a Mídia que o anunciante compra.
- O mercado brasileiro só “aceita” os produtos que realmente o interessa. Se caso uma empresa internacional queira veicular o mesmo comercial que veicula no exterior, e o povo brasileiro não utilizar o produto da mesma maneira que as pessoas de fora, o comercial não terá efeito algum. Será dinheiro jogado fora.
- Os produtos que usamos hoje, não os conhecemos através de propagandas. Por exemplo o Goolgle que nós não usamos os serviços dele porque vimos alguma propaganda sobre tal.
- O modelo das agência hoje em dia, mudou. A W Brasil por exemplo, é um modelo antigo, tudo “quadradinho”, nada fora do lugar, e que hoje em dia não está em alta.
- Hoje, um cliente grande tem “X” agências de comunicação, “Y” agências de comunicação, “Z” agências de promoção e etc.

Parceria de Itaipava, TNT, Brawn Gp e Multi Solution gera mais de R$ 50 Milhões em retorno de mídia

A Multi Solution, agência da Cervejaria Petrópolis, mostrou que é possível unir velocidade e consumo responsável quando apostou numa parceria inédita entre a cerveja Itaipava, o energético TNT e a equipe Brawn GP durante a 38ª edição do Grande Prêmio do Brasil, no último domingo, no Autódromo de Interlagos – José Carlos Pace, em São Paulo (SP). “A parceria com a Cervejaria Petrópolis foi fantástica e ocupará um lugar especial na história da Brawn GP”, declarou Richard Berry, diretor comercial da escuderia.

Segundo Pedro Queirolo, presidente da Multi Solution, o sucesso desta parceria pode ser traduzido com o retorno de mídia espontânea, que somente no Brasil já ultrapassa os R$ 50 milhões. “Demos um tiro certeiro e ainda tivemos muita sorte”, comemora. “A classificação de sábado estava prevista para durar 50 minutos e por conta da chuva, acabou levando 2 horas e 40 minutos, tempo que em as marcas Itaipava e TNT tiveram muita exposição na TV Globo, que transmitiu o treino e a prova. Além disso, a pole position do Rubens Barrichello foi notícia em praticamente todos os veículos de comunicação do País. Ficamos muito felizes de termos construído este case de sucesso. Nosso cliente merece o resultado, pois mais uma vez acreditou na qualidade de nosso trabalho”.

Mesmo terminando em quinto lugar, o piloto Jenson Button, companheiro de Rubens Barrichello na Brawn, faturou antecipadamente o campeonato mundial de Fórmula 1, o que ampliou ainda mais a exposição das marcas patrocinadoras. A comemoração da equipe aconteceu no Dining Club 3p4, pilotada pela promoter Fernanda Barbosa, com a presença de diversas personalidades, como Rubens Barrichello, Rose Brawn, Jenson Button, Cesar Cielo, Malvino Salvador, Luciano Burti, Waldemar Iodice, Ana Paula Junqueira, Mateus Mazzafera e Paulo Ricardo, entre outros, embalados pela bateria da escola de samba Pérola Negra e pelo DJ JACK.E.

A campanha de divulgação do acordo de patrocínio foi composta por anúncios que destacavam que “lugar de piloto é na pista; se beber não dirija”, slogan que faz parte da campanha de responsabilidade ao volante promovida pela Petrópolis. Outras estratégias também foram adotadas pela agência com o intuito de promover a marca de cerveja, como a criação de uma exposição itinerante do carro da Brawn GP, que percorreu os principais pontos-de-venda em São Paulo.

Além disso, foram criadas peças para complementar a campanha, como selo conceito, hotsite e kit trade (adesivo, banner, card com autógrafo dos pilotos). O acordo também previa que os dois carros do time e os capacetes dos pilotos - o inglês Jenson Button e o brasileiro Rubens Barrichello - levassem a marca Itaipava, além de várias ações de ativação do patrocínio.

A marca Itaipava sempre marcou presença nos principais campeonatos de automobilismo do País e usa o esporte como a plataforma para levar ao público sua mensagem. “Para a Cervejaria Petrópolis foi motivo de orgulho o envolvimento com uma equipe de ponta da F1 como a Brawn GP, trazendo o prestígio da categoria mais importante do automobilismo mundial para as marcas Itaipava e TNT Energy Drink”, afirmou Douglas Costa, gerente de marketing corporativo da empresa. “Com esta parceria, a Cervejaria Petrópolis pretende potencializar a estratégia da marca, que tem como alvo principal a questão do consumo responsável”.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

entrevista com Alexandre Gama

Essa é uma entrevista super legal com o Alexandre Gama. Ele fala sobre a campanha da TIM e a escolha de usar o Blue Men, pelas cores, pelo valor da liberdade e espontaneidade. Com essa campanha a TIM já conseguiu retorno, e um alto nível de visibilidade. A agência é quem faz a campanha para os shows do grupo também,como todas as campanhas da Neogama isso é fruto de planejamento meticuloso da agência.
A entrevista também aborda temas como o profissionalismo do publicitário perante a sociedade brasileira e perante seus pares. Alexandre acredita que a imagem do publicitário foi denegrida por episódios como o mensalão, por exemplo. Alguns maus profissionais sujaram a categoria inteira.
Durante a entrevista Alexandre é questionado sobre o episódio do Conar, e ele responde que qualquer decisão do órgão será respeitada e apoiada pela agência, como um bom comunicador sabe se sair bem!
Vale à pena conferir a entrevista! Por regras do site não posso posta-la aqui, mas é só clicar no endereço!
http://www.portaldapropaganda.com/vitrine/tvportal/2009/08/0002

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A história do Planejamento em poucas linhas



Stephen King da JWT e Stanley Pollitt da BMP são, definitivamente, os pais da disciplina do Planejamento. Em agências separadas, mas quase ao mesmo tempo, eles iniciaram uma revolução no mundo da propaganda que se espalhou da Inglaterra para outros países e de agências de propaganda para consultorias de negócios, marketing direto, relações públicas, escritórios de design e departamentos de pesquisa.

Em 1964, Stephen King, insatisfeito com o trabalho de mídia e dos departamentos de marketing (naquela época os planos de marketing eram feitos pelas agências, e não pelas empresas), desenvolveu um novo sistema de trabalho – chamado T-Plan, ou Target Plan – que se concentrava em combinar pesquisas sobre consumidores com insights criativos para criar propaganda mais efetiva. 

Stanley Pollitt, em 1968, estava preocupado com o enorme descrédito dado ao atendimento no desenvolvimento do brief criativo e sentiu que eles estavam utilizando os dados de forma incompetente ou superficial. Ele queria o pessoal responsável por pesquisa ao lado do atendimento. Para Stanley, a voz do consumidor era de primeira importância, e utilizar pesquisas com consumidores para clarificar os assuntos e enriquecer o processo de desenvolvimento da propaganda era um componente essencial.

Quando a BMP foi formada, cada um dos três atendimentos era gerenciado por um diretor de contas e um planejador de contas – função de linha. Tanto Stanley quando Stephen tinham um desejo de reorganizar o planejamento de mídia, pesquisa de mercado e os departamentos de marketing. Stephen, inicialmente, por meio de um processo e Stanley por meio de uma pessoa. Ambos deram os primeiros passos para a criação de um novo departamento e de uma nova disciplina.

O nome Account Planning – como é chamada a disciplina na Inglaterra – foi dado por Tony Stead, da JWT, em 1968, combinando o Planejamento de Mídia (Media Planning) e Atendimento (Account Management). 

Em outros países, além do nome original, há várias outras denominações para a mesma função. Nos Estados Unidos os nomes Planejamento de Marcas (Brand Planning) e Planejamento Estratégico (Strategic Planning) são bem comuns. Aqui no Brasil, as denominações mais usadas são Planejamento de ComunicaçãoPlanejamento Estratégico ou simplesmente Planejamento.

Seda ganha toque Premium

 

A Seda, líder do mercado de xampus, está com um posicionamento mais premium. Fruto de um projeto global iniciado há um ano, a marca da Unilever anunciou nesta terça-feira, 18, uma parceria de longo prazo com sete especialistas internacionais em cabelo. Eles são cocriadores dos xampus, condicionadores e demais artigos capilares que chegarão às prateleiras em 1º setembro. O Brasil será a primeira nação a receber os produtos que passam a apresentar a assinatura "Novo Seda. Seus cabelos com um toque de expert".

O projeto é ambicioso e visa movimentar o mercado nacional, que está estagnado, e aumentar a participação da Seda no setor. Apenas para o lançamento das sete linhas - cada uma desenvolvida com o respaldo desses sete experts - foram investidos R$ 25 milhões. Estão previstos mais R$ 100 milhões para um período de um ano, um ano e meio. A marca, presente em mais de 50 países, conta com um extenso planejamento para impactar o consumidor brasileiro.

Um dos passos foi o lançamento do espaço Seda Urban Salon, instalado na rua Oscar Freire, famoso endereço das grifes de luxo na capital paulista. Planejado para permanecer no local por dois meses, o salão conceito foi criado e produzido pela Bullet. Aberto nesta terça-feira, 18, ele fornece atendimento exclusivo - e com horário agendado - a convidadas da marca e também a consumidoras de lojas e restaurantes da região. 

 

As clientes serão recebidas por um cabeleireiro especializado em fios lisos, cacheados ou quimicamente tratados. Eles farão a avaliação das condições dos cabelos. Depois, as clientes terão uma análise feita por meio de um scanner com raio UV e lente de aumento, obtendo um diagnóstico da estrutura do fio e do couro cabeludo. Em seguida, receberão o tratamento mais indicado para garantir uma cabeleira mais bonita e saudável.

Apesar desse toque premium, a multinacional pretende deixar claro aos seus principais consumidores (as classes B e C) que os produtos são acessíveis - o aumento do preço, segundo Eric Galardi, diretor de marketing da divisão de cabelos, será leve (o valor médio sugerido para o xampu, por exemplo, é de R$ 5,00). Entre as estratégias, está o investimento no PDV e em campanhas de mídia de massa, criadas pela JWT. A comunicação dos novos produtos também ganhará ações na internet e em celulares, desenvolvidas pela F.biz. Também está previsto um salão itinerante que percorrerá o Brasil, um projeto que tem a assinatura da Motivare.

Os sete experts

 

O conceito "cocriação", explorado pela marca junto com a nova assinatura, implica na atuação de sete especialistas para desenvolver xampus que atendessem às principais demandas dos consumidores. Entre os profissionais convocados estão Yuko Yamashita, de Tóquio, inventora da chamada escova progressiva. Ela assina os produtos para cabelos lisos. Ouidad, cabeleireira de Nova York, especializada em cachos, ajudou a desenvolver a nova fórmula para tratar dos fios cacheados.

 

Outros cocriadores são: Thomas Taw, de Londres, referência internacional em reparação de cabeleiras danificadas seja por agentes químicos ou efeitos do clima; a dermatologista Francesca Fusco, de Nova York, encarregada dos novos Seda S.O.S. Caspa e S.O.S. Queda; o francês Teddy Charles, que colaborou na elaboração dos produtos para controlar o volume do cabelo; Rita Hazan, de Nova York, famosa entre as celebridades de Hollywood por suas técnicas de coloração; e Mauro Freire, de São Paulo, que esteve envolvido com o lançamento de Seda Brilho Gloss e das fórmulas especialmente dedicadas ao mercado brasileiro.

sábado, 17 de outubro de 2009

Nova campanha Knorr e Wanderléa

“No mundo dinâmico em que vivemos, manter uma boa alimentação é difícil. Knorr reformulou sua linha de sopas instantâneas para oferecer ao consumidor uma opção mais gostosa de snack, que é ao mesmo tempo saudável e se pode ter sempre à mão. A idéia é que as pessoas aproveitem a pausa para o preparo e consumo da sopinha para relaxar e ter um momento só seu”, afirma a gerente de marketing de Sopas Knorr, Alessandra Castro.

A nova linha de sopas Knorr Quick está sendo divulgada por uma campanha digital criada pela agência Cubo CC. O tema "Pare agora e experimente as novas sopas Knorr Quick" é estrelado pela cantora musa da Jovem Guarda Wandeléa. Ao entrar no site da Knorr Quick, o internauta tem a possibilidade de personalizar o vídeo da campanha no qual a Wanderléa canta e convida para que experiente a sopa. Além disso, é possível enviar como recado para os amigos o vídeo personificado com o nome deles.. A ação está sendo divulgada nos principais sites de notícias e entretenimento do país através de banners com a imagem da cantora, nos quais quando clicados direcionam para o site http://www.knorr.com.br/quick/. A escolha de Wanderléa como garota propaganda dos novos produtos é curiosa, mas a campanha é divertida, vale a pena conferir!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Aviões Verdes


Um vôo intercontinental pode lançar tanto carbono na atmosfera quanto um carro faria em 120 anos. Como diminuir isso? Com Planejamento.


No aeroporto de Arlanda, a 45 quilômetros de Estocolmo, engenheiros e pesquisadores suecos estão criando os "vôos verdes" do futuro.

A meta é promover uma revolução ambiental no setor da aviação, com a redução significativa da emissão de poluentes e dos níveis de ruído, provocados pelo crescimento vertiginoso do tráfego aéreo em todo o mundo.


Em comparação com um vôo regular com duração média de uma hora, o porcentual de redução do consumo de combustível atingido pelos "vôos verdes", até o momento, é calculado entre 5% e 10%, por vôo.

Arlanda é o primeiro aeroporto do mundo a introduzir a nova tecnologia, idealizada pelo programa Green Flights (Vôos Verdes). Cerca de mil vôos já foram realizados desde o início dos testes, em março de 2006.


Os resultados têm sido comemorados: cada "vôo verde" já obtém, em média, uma economia de 100 quilos de combustível, o que corresponde, segundo os pesquisadores suecos, a uma redução de 314 quilos de dióxido de carbono nas emissões por vôo. Com a redução do consumo de combustível, ganham o meio ambiente e também a indústria da aviação, que verá seus custos de operação baixarem.


Com a série de novos testes programados para este mês, a projeção é de uma redução de 200 quilos de combustível por vôo em Arlanda ainda este ano.Um vôo regular entre Estocolmo e Londres produz, segundo o comandante, uma emissão de aproximadamente 20 toneladas de dióxido de carbono.No total, a estimativa é de que a nova tecnologia produza uma redução de até 400 quilos de combustível por vôo.


A tecnologia "verde" se baseia num ponto crucial: estabelecer, através de sistemas sofisticados de computador, com precisão de segundos, a rota e o horário exato da aterrissagem do avião. É o planejamento minucioso da aterrissagem, imediatamente após a decolagem, o elemento determinante da economia de combustível - com a conseqüente redução da emissão de poluentes e dos níveis de ruído.




Passo a passo - O passo a passo da tecnologia verde funciona da seguinte maneira, explica o comandante da SAS Peter Larsson:

1. Logo após a decolagem, o avião transmite ao centro de controle em terra, através de datalink, a informação preliminar sobre o horário estimado de chegada (ETA, Estimated Time of Arrival).

2. O computador do centro de controle envia ao avião, através de datalink, a rota estimada de aproximação (STAR, Standard Arrival Route) que deve ser usada para aquele horário.

3. O sistema de navegação do avião (FMS) calcula, então, o horário exato da chegada, segundo as condições de vôo, e transmite a informação ao computador do centro de controle em terra.

4. O centro de controle insere, automaticamente, o vôo na lista de chegadas do aeroporto. Se os horários de chegada de dois ou mais vôos coincidirem, uma mensagem adicional é enviada ao avião, determinando um reajuste no horário da descida. (BBC Brasil/ Estadão Online)


Resumo

Na aula de sábado, dia 26/09, foi iniciada a discussão sobre as propagandas da Havaianas.
Além disso, foi passada a Cadeia de Comunicação, que resume-se nas seguintes etapas:

Etapa 1: Posicionamento de Marketing (parte do cliente)
- mix de produto/serviço.
- característica de produto.
- política de preços.
- canais de distribuição.
- estratégias de comunicação.

Etapa 2: Posicionamento de comunicação (parte do cliente)
- estabelecer as bases que vão orientar a campanha para a construção da imagem na mente do consumidor.
- posicionamento da marca.

Etapa 3: Planejamento de comunicação (parte da agência e do cliente)
- objetivo, estratégia e tática.

Etapa 4: Veiculação (parte do veículo)
- interface veículo/ agência/ anunciante.
- realizar plano de mídia.
- controle.

Etapa 5: Mercado (parte do mercado)
- dinâmica do mercado - Público-alvo
- oportunidades
- avaliação de resultados/ controle
- feedback

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"Sadigão": BRF Brasil Foods

No dia 19 de maio de 2009, foi anunciada a associação entre Sadia e Perdigão, que resultou na criação da BRF Brasil Foods, a nova multinacional brasileira, que deverá formar a maior empresa de alimentos industrializados do país.

A BRF tem em seu portfólio marcas como Qualy, Doriana, Rezende e Batavo, além de Sadia e Perdigão.

Em termos internacionais, também não restam dúvidas quanto à relevância da operação. A fusão Sadia-Perdigão poderia dar origem à maior processadora de carne de frango do mundo em faturamento, segundo levantamento da consultoria Economática. Somando os resultados das duas empresas em 12 meses até setembro de 2008, a receita líquida de ambas ficaria próxima a 9,5 bilhões de dólares, quantia acima dos 8,52 bilhões de dólares contabilizados pela líder mundial no segmento de aves, a Pilgrim's Pride.

A fusão resultará em uma das maiores exportadoras do País, com escritórios comerciais na Alemanha, Argentina, Áustria, Chile, China, Cingapura, Emirados Árabes, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Japão, Portugal, Rússia, Turquia, Uruguai e Venezuela. As duas empresas, que juntas detêm 63 mil acionistas, investiram nos últimos cinco anos cerca de R$ 8,5 bilhões e pretendem, com a megafusão, abrir novos pontos de atuação em todas as partes do mundo.

A empresa fará pesquisa fora do País para avaliar como as marcas serão trabalhadas no exterior. O diretor-presidente da Perdigão, Nildemar Secches, falou sobre a necessidade de se adequar ao mercado internacional:"Não temos medo da competição. E o mercado americano é um de nossos targets principais".

O nova empresa deve ficar em décimo lugar entre as maiores empresas do setor de alimentos das Américas. A primeira posição no ranking da Economática é ocupada pela norte-americana ADM, com 78,32 bilhões de dólares de receita em 12 meses. Na sequência, aparecem a Kraft Foods, Tyson Foods, General Mills, Sara Lee, JBS-Friboi, Kellogg e Dean Foods.
Juntas, as duas empresas criarão um gigante de porte global e dominarão mais de 50% de diversos segmentos do mercado brasileiro de alimentos. A BRF Brasil Foods, terá 88% do mercado brasileiro de massas industrializadas, 70% das carnes congeladas, 67% das pizzas semiprontas e 53% dos produtos alimentícios industrializados em geral.

A Brasil Foods terá sua sede na cidade de Itajaí, em Santa Catarina. O comunicado das duas empresas estabeleceu que a fusão deverá resultar na alteração da denominação Perdigão para Brasil Foods, a reorganização societária de Perdigão e Sadia e a incorporação de ações da Sadia pela BRF. A BRF Foods tem 68% de acionistas da Perdigão e 32% da Sadia. A companhia nasce com receita líquida de mais de R$ 22 bilhões e previsão de faturar R$ 30 bilhões no ano de 2009, além de mais de R$ 10 bilhões movimentados com exportação durante um ano. A empresa possui mais de 116 mil funcionários e 59 unidades fabris no Brasil e na Europa.
Somente a Perdigão possui 42 unidades industriais no Brasil. Já a Sadia conta com 17, sendo que a maior parte das fábricas das duas companhias estão localizadas nos estados da região sul do país.

As maiores sinergias estariam principalmente nas operações de logística e transporte, trazendo maior eficiência na distribuição dos produtos. Estudos dizem que a nova companhia deve ter um importante ganho de escala, um variado mix de produtos, grande poder de barganha junto aos fornecedores e pode até ser mais flexível em sua política de preços. Segundo alguns especialistas, a Brasil Foods pode diversificar os preços dentro do seu próprio portfólio, com uma marca podendo prevalecer sobre outra. Uma pode ser premium, voltada para a classe A e B, e outra pode ser voltada para a classe C, com preços mais baratos.
juntas as empresas teriam um alcance geográfico muito grande, o que seria um fator de dificuldade para as rivais.

A campanha para divulgar a fusão estreiou no dia seguinte do anúncio, dia 20 de maio, em rede nacional. A campanha trouxe a nova assinatura da marca: "BRF, o mundo com mais sabor".
A intenção das diretorias da Sadia e Perdigão é que a comunicação das marcas devem, ao menos por enquanto, permanecerem sem alteração no atendimento por parte das agências, a Sadia com a DPZ e a Perdigão com a Y&R.

No dia 22 de setembro, o Conselho Admininstrativo de Defesa Econômica (Cade) permitiu que Sadia e Perdigão negociem suas vendas conjuntamente no mercado externo, porém no Brasil, as duas empresas continuam mantendo estruturas administrativas separadas, enquanto o processo de fusão não é julgado.

domingo, 4 de outubro de 2009

Aula 5- BRIEFING

Na  aula 5, discutimos a importância de um bom briefing em um projeto de comunicação, quando este é bem feito, por escrito e completo, reduz os erros de campanha e ajuda a evitar desperdicios de tempo e dinheiro.

 

Um bom briefing envolve 5 perguntas-chaves:

·      Quem está ou estava atuando?

Refere-se às companhias, aos produtos ou serviços que estão atuando no mercado.

·      O que  aconteceu ou está acontecendo?

 Sem compreender o que está acontecendo, fica difícil determinar o que    

fazer.

·      Como ocorreu ou está ocorrendo?

Não basta saber o que aconteceu, mas, sobretudo, como ocorreu.

·      Onde, em que lugar?

Qualquer programa de propaganda, promoção, ou relações públicas tem a sua área de atuação definida em função da distribuição do produto.

BDI – Brand Development Index

  CDI – Category Development Index

·      Quando, em que período?

Entender sazonalidade, momentos de compra, períodos mais adequados para vendas, são fundamentais para o planejamento publicitário.

 

 

Modelo de Briefing

 

·      Situação do mercado

Conhecer profundamente a situação do mercado em que atua. Desde seu Tamanho ( mercado potencial e mercado real), Tendência ( Crescimento, Estagnação ou Retração), Concorrência e Avanço tecnológico.

 

·      Dados do Produto ou Serviço

5 aspectos básicos do produto/serviço:

- Caracteristicas ( tangiveis e intangíveis)

- Preço ( Valor absoluto, valor relativo e valor percebido)

- Distribuicão ( conhecimento do canal)

- Vendas e área de ação

- Sazonalidade (Características cíclicas de oscilação nas vendas)

 

·      Comparação do prod/serviço X concorrência

-Fazer comparação com os concorrentes diretos, para não tornar a análise --abrangente

-Concentrar a análise em 2 ou 3 competidores

-Fazer um quadro comparativo

 

·      Objetivos de Marketing

 

·      Posicionamento

- Promessa Básica

- Justificativa

- Atributos complementares da imagem desejada

 

·      Público Alvo

 

- Quem é o consumidor?

- Quais são suas características?

(Demográficas, Culturais, Religiosas, Eticas e Hábitos de compra e consumo)

 

·      Problema que a comunicação deve resolver

O que se espera da campanha junto ao consumidor.

 

·      Objetivos da Comunicação

É uma resposta ao problema de comunicação. 

Ex: -Lançar a marca de um novo produto ou serviço

      -Obter o top of mind da marca

      - Aumentar o recall da marca

       -Construir imagem da marca

       - Reposicionar o produto ou serviço

 

  Tom da Comunicação 

- tipo de comunicação é mais adequada.

   - ponto de vista e expectativas do cliente sobre a campanha

Obrigatoriedade da Comunicação

Como a marca deve ser aplicada, padrão de cores, etc.\

·      Verba da Comunicação 

- Alinhar budget de comunicação da empresa com os custos de criação, produção e veiculação das ações de comunicação.

- Priorizar ações em uma análise de custo/ benefício.

·      Cronograma

- Determinar principais datas da diversas etapas do processo de desenvolvimento da campanha. 


** Patricia Sampaio**