segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Fusão entre Perdigão e Sadia

Fusão entre Sadia e Perdigão


Os dois gigantes do setor alimentício, Sadia e Perdigão, se unem para formar a Brasil Foods ou a maior exportadora do Brasil. Ainda, a Sadigão terá um impacto significativo no mercado exterior, pois será considerada a 10 maior empresa do setor de alimentos das Américas e a maior processadora de carne de frango do mundo em faturamento. Como em toda história, rivais se unem em prol do fortalecimento econômico frente aos ambientes competitivos. Este e outros tipos de parcerias são feitos a fim de possibilitar uma concorrência mais acirrada entre os produtos/serviços no quesito preço, qualidade, distribuição e, até mesmo em comunicação. Partindo do senso comum, é possível interpretar uma fusão de forma benéfica para ambas as partes e, claro, para o consumidor final. Assim, aumentam as possibilidades de reduzir custos na área de distribuição, logística e comunicação e, consequentemente menores preços ao consumidor final. Também há chances de maiores investimentos em P&D permitindo inovação e modernidade ao produto/serviço.

Temos exemplos de multinacionais como a Nestlé e Garoto que após unirem seus patrimônios tiveram, no início, faturamentos acima da média do mercado, mas que caíram ao longo do tempo. Ou seja, assim como investimentos podem ser importantes atrativos para a política de preços, pode ocorrer também o efeito reverso. Se houver eliminação de alguma marca (tanto Sadia quanto Perdigão) o consumidor pode ficar insatisfeito migrando para marcas concorrentes, como a Marfrig e Bertin.

Do ponto de vista do consumidor, a fusão pode não ser tão vantajosa. Megacorporações consideradas rivais no mercado de congelados se unem, diminuindo o poder de escolha sobre as empresas e a briga de preços que acontecia a fim de aumentar a participação de mercado e se tornar líder no setor. Além disso, a guerra de preços ajuda, consideravelmente, a agregar maior valor ao produto, mantendo a economia dinâmica e competitiva.

O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) irá avaliar a fusão da Sadia e Perdigão para que não gere abuso de poder econômico dos consumidores e que tal ação seja viável à sociedade. Fatores primordiais são analisados para a aprovação do órgão, tais como: concentração de mercado, como a possibilidade de importação de produtos semelhantes, barreiras de entrada de empresas nacionais e estrangeira no setor e até a fidelidade do consumidor às marcas. A decisão do CADE é fundamental para guiar o futuro da Sadigão, já que pode acontecer como as cervejarias Brahma e Antarctica (Ambev) que tiveram que vender ativos como cinco fábricas e a marca Bavária. Se for o mesmo caso, há riscos da empresa perder alguma marca líder no mercado acarretando prejuízos e fazendo com que diminua a feição do consumidor pela mesma. Vale ressaltar que foram poucas as empresas que se sucederam ao realizar o processo de fusão com outras companhias – AOL-Time Warner, Nestlé-Garoto, HP-Compaq, Kolynos-Colgate entre outras.

Assim, a parceria entre empresas como a Sadia e Perdigão pode trazer riscos à economia em geral, mas também pode ser uma grande oportunidade à mesma, adicionando benefícios e vantagens àqueles que regem o capitalismo, isto é, nós consumidores.

Jéssica Yuri Nebuya

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