segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A mudança da Azul - Linhas Aéreas

Até junho de 2005 o mercado de vôos domésticos no Brasil se configurava da seguinte forma: TAM liderava com 42%, Gol possuía 29% e Varig, não muito atrás, contava com 26% de participação.
O que essas empresas não esperavam era o surgimento da Azul, empresa aérea que com apenas 8 meses de operação, conseguiu alcançar 1 milhão de passageiros atendidos. Atualmente, a Azul, com 4,3%, já ultrapassou a Ocean Air e a Webjet, com 2,6% e 4,2% de participação de mercado, respectivamente.
A empresa de David Neeleman tem sede em Alphaville, Barueri e chegou para competir em fevereiro de 2008. Seus vôos têm como centro de operações o aeroporto de Vira-Copos, em Campinas.
A Azul oferece um serviço de transporte gratuito em ônibus próprios, já que não é possível, por ora, desembarcar nos tradicionais aeroportos de Congonhas, em São Paulo, ou Cumbica, em Guarulhos.
Mais surpreendente ainda é a mudança da empresa, que decidiu, em agosto deste ano, realizar também o transporte de cargas. Assim, foi lançada a Azul Cargo que fará uso dos mesmos aviões utilizados para o transporte de passageiros, a Embraer 190 e a Embraer 195.



"A mudança da Azul, que passará a realizar também o transporte de cargas, resultou no lançamento da Azul Cargo. Por ora pode ser uma vantagem competitiva, talvez temporária. Não demorará muito tempo até que outras empresas aéreas copiem essa posição de mercado adotada pela Azul.
É muito difícil entrar nesse mercado devido à retaliação. O que os consumidores procuram é um preço de passagem acessível, independente de classe social. Ninguém mais aceita pagar preços exorbitantes para se locomover.
Talvez essa mudança da Azul tenha sido premeditada, com o intuito de prevenir possíveis problemas no futuro. Afinal de contas, sua participação de mercado comparada às outras empresas aéreas é ínfima, mesmo que com seu crescimento surpreendente em um curto espaço de tempo. Recorrer ao transporte de cargas pela Azul Cargo é uma possível maneira de evitar defasagem. Somente alguns destinos de viagens são atendidos pela empresa e seu porte não permite que afete significativamente a gigante TAM ou a Gol e Varig.
Tentar liderar no atendimento de outro tipo de vôo pode ter sido a solução encontrada”.

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