Na palestra/conversa com Marlene Bregman, que está à frente do planejamento da Leo Burnett há mais de vinte anos, pudemos ouvir um pouco sua trajetória e suas percepções ao longo desse caminho.
Na conversa, ela falou com ênfase de que para ser planejamento em uma agência, deve-se gostar de pessoas e tudo o que concerne à elas – seu comportamento, suas relações com outros e com produtos e marcas. É preciso entender e compreendê-los para conseguir planejar campanhas que realmente tenham algum impacto no público alvo, além de apenas chamar a atenção dos mesmos.
Bregman deixou claro que devemos estar atentos às mudanças (tão rápidas) nos meios de comunicação que surgem – principalmente na internet, para ilustrar esse exemplo, a planejadora deu alguns dados: o Brasil possui o maior número de usuários de MSN Messenger, a 2ª maior base de Gmail, e a 4ª maior participação no Youtube. E em tais mídias sociais, tudo está em constante mudança, e o planejador deve estar sempre atento a elas e ao comportamento do consumidor dentro delas. Como também com os meios tradicionais, como a televisão – a qual, Marlene, disse que continuará sendo uma das principais mídias do Brasil.
Marlene citou que para acompanhar esse consumidor 2.0, a pesquisa continua essencial, porém, ela mesma disse que é uma ferramenta que olha para o passado; e o que o planejador deve estar atento é às tendências, as quais nos obrigam a olhar para frente. Entrando nesse assunto, deixou clara a importância de “consultores” de tendência, que procuram quais são as novidades que estão surgindo no mundo, que influenciarão milhares de pessoas ao redor do mundo – que se encaixem no perfil da tendência, formando tribos, grupos com estilos de vida diversos, etc.
No geral, a palestra/conversa com Marlene Bregman possibilitou uma visão mais experiente, mas ainda jovial, do planejamento na propaganda. Mostrou que alguns caminhos que estão sendo desenhados há algum tempo, cada vez mostram que serão caminhos obrigatórios de serem, ao menos, considerados por qualquer planejador. Além disso, novamente nos foi frisado o fato de que o planejador tem que cada vez mais, saber e entender o negócio do cliente – saber como está o mercado; quem é o público alvo e compreendê-lo; entender sobre tudo do produto.
Enfim, devemos entender por completo o negócio do cliente, somar aí as novas tendências de comportamento e os meios com que os consumidores estão se comunicando (e o que estão comunicando) para que o planejamento tenha mais chances de ser mais eficiente ao que foi proposto.
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