sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O futuro das agências

Acredito o futuro das agências está na mão do entendimento por parte delas em relação ao negócio do cliente, muito mais que o surgimento da novas mídias, que parece ser uma consequência desse entendimento.

Isso se dá porque cada vez mais elas terão mais contato direto com diversas áreas da empresa cliente – desde a área de vendas, relações com trade e outras áreas, que antes cabiam somente para a área de marketing do cliente.

Isto é, trabalhando em conjunto com os diferentes departamentos do anunciante, os profissionais das agências saberão, necessariamente, mais do negócio, o que faz com que os anunciantes exijam mais dos resultados.

Para tanto, os profissionais das agências, das áreas de criação, mídia e planejamento, serão obrigados a trabalhar em conjunto e, até mesmo, realizar trabalhos que, teoricamente, não cabem às suas funções pré-definidas para obterem resultados mais precisos e melhores. 

Esse fato se depara com a tendência do mundo de se estar cada vez mais integrado – estaremos conectados 100% do tempo, a comunicação será cada vez mais rápida e integrada – e as agências têm que se adequar a essas mudanças que o mercado está sofrendo desde já.

Outro fator que influenciará cada vez mais o mercado da comunicação é que nos últimos quinze anos o negócio da comunicação se concentrou. A grande maioria das grandes agências pertencem a redes globais. Dessa forma, as agências devem estar ligadas às mudanças do mundo em todos os seus aspectos (culturais, sociais, da própria comunicação e assim por diante) para se adequar aos diferentes países em que seus trabalhos serão veiculados.

Adentrando no mercado de comunicação especificamente, o que antes era o diferencial das agências – a criatividade – deixa de ser tão importante para os clientes, que começam a escolher a agência pela sua capacidade de atendimento, ferramentas de mídia, a presença em diversos países (ou não), por exemplo.

Enquanto isso acontece com as grandes agências, as de pequeno e médio porte tentam continuar no mercado da forma que podem. Porém, tendo que batalhar muito mais por verbas locais, disputando anunciantes de “pouca” importância, contratando profissionais por salários baixos, tentando, apenas, sobreviver no mercado.

Em resumo, a minha visão sobre o futuro das agências se mostra um caminho estreito, mas ainda com muitas opções – que, ao mesmo tempo deixam de lado a criatividade, exigem cada vez mais dela para procurar possíveis saídas num caminho, aparentemente, sem muitas escolhas.

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