sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Retorno de Bombril

O sabão em pó está presente em 99% nos lares brasileiros. Basta essa informação para que se possa imaginar a amplitude desse mercado, que atravessa atualmente um período de movimentação, seja pelo retorno de mais competidor, seja pelo acirramento da competição.Um bom ponto de partida para a análise do mercado são os indicadores financeiros. O setor de detergente em pó registrou um aumento no volume de produção, de 2006 para 2007, de 1,5%. Já o faturamento foi de R$ 3,07 bilhões em 2005, passando para R$ 3,10 bilhões em 2006, uma expansão de 0,98%. No ano passado, o setor faturou R$ 3,2 bilhões, um aumento de 3,23% em relação a 2006, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla).No que se refere ao consumo, o Brasil registra um consumo per capita de detergente em pó de quatro quilos por habitante ao ano, inferior ao da Argentina (seis quilos por habitante por ano) e metade do México (oito quilos/habitante/ano).É nesse contexto que Bombril retornou recentemente ao mercado de sabão em pó, com a marca Tanto - a companhia atuou no segmento com Quanto, vendida para a Procter & Gamble no início da década de 1990.PosicionamentoA estratégia da Bombril é posicionar Tanto como um produto da categoria considerada premium, ocupada hoje por marcas como Omo e Ariel, mas com um valor menor em relação ao dos concorrentes ilustres. "Temos um produto de alta qualidade, mas com um preço acessível", diz o diretor-presidente de Bombril, Gustavo Ramos."Um dos motivos que incentivaram a companhia a voltar ao segmento de detergentes em pó é o fato de a Bombril ser uma empresa voltada para soluções de limpeza. Nosso objetivo é ser líder desse segmento, daí a necessidade de estar ao lado da dona-de-casa em todo os momentos em que ela estiver preocupada com a limpeza de sua casa, incluindo aí as roupas da família", afirma o executivo.Os objetivos da Bombril nesse retorno são ambiciosos. Ramos conta que a meta é atingir pelo menos 5% de participação de mercado em um ano. "Estudos preliminares mostram que, apesar de ainda não termos feito uma distribuição muito grande do produto, Tanto já tem cerca de 3% de participação no mercado. Se tivéssemos o produto totalmente distribuído passaríamos os 4%", assegura Ramos.

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